quinta-feira, 3 de julho de 2008

categoria master

Gosto de velhinhos. Não pelo ar frágil que aparentam, mas pela ideia de bagagem de vida que trazem, de uma sensação que transmitem de saber o mundo no seu pormenor. Lisboa mudou um pouco a minha percepção. Destruiu um bocado da minha visão romantizada quando apresentou idosos ranzinzas, mau-humorados e até agressivos. Não que depois dos 70 eles acordassem convertidos em gente do mal: só não são tão queridos & agradáveis como os velhinhos que conheci até agora (tirando os velhos tarados de ficavam nos bancos da praça, os do filme Cocoon e vovó, que é braba que só a gota).

Já estava desacreditada, desiludida da vida, quando chegam aqui em casa dois idosos para fazer as obras das escadas. O olhar terno, a fala gentil, o passo miúdo. O protótipo dos velhinhos adoráveis em fase de extinção, que nos últimos 3 anos eu só tenho visto na ficção. E dá uma vontade enorme de abraçá-los e agradecê-los por qualquer coisa que seja.
Mas eu me limito a sorrir.

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