sábado, 28 de junho de 2008

dicas Esquire

Nas minhas tão - frequentes leituras de avião (porque eu tô fudida, mas também tô podendo):

"Sonríe aunque no te haga ni puñetera gracia."



p.s. os homens também acreditam em Pollyanna.

terça-feira, 24 de junho de 2008

melancolia: a fase pré -merda



Gentche, cumassim fizeram um clipe sobre estes meus últimos dias e nem me disseram nada?

these canals, it seems, they all go in circles



melancolia, by Erlend e Eirik.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Límites

Hay una línea de Verlaine que no volveré a recordar.
Hay una calle próxima que está vedada a mis pasos,
hay un espejo que me ha visto por última vez,
hay una puerta que he cerrado hasta el fin del mundo.
Entre los libros de mim biblioteca(estoy viéndolos)
hay alguno que ya nunca abriré.
Este verano compliré cincuenta años;
La muerte me desgasta, incesante.


Borges. O meu querido Borges. El hacedor, 1960.

Me faz pensar em todas as mil coisas que eu não conseguirei / poderei fazer nesta vida, seja por falta de tempo, inércia ou qualquer outra coisa.

domingo, 15 de junho de 2008

Saramago



"Comparo o nosso país com uma pessoa que está na borda do passeio à espera que alguém ajude a atravessar para o outro lado. Estamos sempre à espera de alguém que venha salvar a pátria. O grande problema nacional é a medirocridade e a resignação à mediocridade."


Saramago, no Jornal Público deste domingo.


O interessante destas declarações é que elas, muitas vezes, funcionam na mesma relação de compositor - intérprete. Qualquer pessoa que cante as músicas do Chico Buarque jamais conseguirá incorporar força à mensagem, embora esta continue ali, sendo transmitida em cada palavra. Da mesma forma que eu, como imigrante, embora pense e diga o mesmo que o Saramago (não com a mesma elegância retórica), jamais serei levada a sério.

Ainda bem que consegui um porta-voz.


Fim de semana prolongado em Lisboa. Tempo de aproveitar loucamente cada segundo para pôr em dia o cineminha? Nem. Vou consultar o meu guia de horários com voracidade e me deparo com este aviso. Sou muito suscetível a sinceridades absolutas. Prefiro que me mintam.

Cética, paguei para ver o último do Shyamalan, porque eu acho o bofe bom, em alguns sentidos válidos.
Bem feito: um dos piores filmes que vi nos últimos anos.

Por que as pessoas que tão indo bem, fazem as coisas ali, certinhas, ao seu método, descambam tudo, quando inventam de salvar o mundo? Saco cheio dessas tentativas responsabilidade social. Bem cheio.