segunda-feira, 6 de outubro de 2008

um dia, quem sabe.



Compro roupas que não me servem. Penso que, um dia, possa caber dentro delas com pompa & louvor, ainda que eu não tenha a menor intenção de perder ou ganhar peso. Tenho uma pilha de roupas que intitulei de “seria tão bom se ”, porque há toda uma série de condicionantes que envolvem as tais peças. Ajustes de costura, por exemplo.

E sempre que olho a tal pilha de roupas, lembro das irmãs más da Cinderela, que queriam - a todo custo – caber no sapato. As figuras tristes que as pessoas fazem. E lembro também de todas as pessoas que eu insisti que eram o meu número, por meses a fio, quando nem sequer eram o modelo que mais me favoreciam – se é que me entendem.

Daí que voltei a pensar na tal pilha de roupas. E de como seria bom se todas os problemas de ajustes na minha vida pudessem ser resumidos com agulha e linha.