terça-feira, 23 de setembro de 2008

de almas minguantes e outros melodramas



Saudade. Aquele negócio que só precisa de definição pra quem nunca sentiu. E saudade trabalha junto com a memória, com flasbacks. Isso muito me deixa desconfortável. Nunca soube lidar com sentimentos que me deixassem suscetível a. A qualquer coisa. O objeto direto nem era o que mais me incomodava, mas o verbo conjugado por mim, sim.

Aí começa a operação tapa-buracos, porque a minha receita de distração mental serve para tudo, quase como cuspe: é bom pra ferida, é bom pra domesticar aquele fio de cabelo, é bom pra tirar a sujeirinha da roupa ou do sapato. É bom pra fechar o beque. Distração mental. Dá com tudo.

Então comece uma queda de braço com a memória. Imagens sobrepostas, meu amigo. Quando a saudade ataca com uma lembrança mais hard rock, estimulando lagriminhas no canto do olho, contra-ataque com um episódio do Chapolin Colorado. Dias cor-de-rosa de outrora? Play on n´O Pestinha (o primeiro, que é o super-phuoda – lembre que os combatentes devem ser equivalentes nessa batalha cerebral).

Mas nem sempre se vence a guerra. A comida da minha mãe, ah, essa eu não encontrei adversário compatível para fazer suprir a falta. Me dá saudade. E nem é pouca.

* ilustra do Speto

Sem comentários: