segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

resolução de fim de ano


Tenho a mania da perseguição. Algo que, se muito falado, facilmente é detectado que preciso de ajuda psiquiátrica. Portanto, vou comentar assim, despretenciosamente, com pinceladas, sobre este meu tal dilema.

Enumeremos fatos:

Ponto 1:
Acho que o senhorio do meu apartamento escondeu algumas câmaras, em pontos estratégicos, para ver se nós criamos algum animal em casa (contexto: é cláusula contratual que não devemos ter animais aqui, nem num aquário). Por isso, estou sempre com o pé atrás quando trago alguma espécie de homo sapiens sub-desenvolvido para o meu lar.

Ponto 2:
Quando recebo encomendas pelo correio, inspeciono – minuciosamente – o pacote, para ver se não foi violado e lacrado por cima. Uma vez, meu irmão me enviou 2 alfajors, no meio do presente de Natal. Mas, quando chegou à minha casa, a caixa só trazia um. E eu sei que o meu irmão aprendeu a contar até depois do 10.

Ponto 3:
Se uso qualquer computador que não seja o meu para enviar e-mails, acho que alguém, em algum lugar, pôde ler. Dependendo do teor da mensagem, tento adivinhar nas expressões faciais quem é o dito-cujo. Por exemplo: se falei que mataria alguém, aquele que se desviar do caminho, quando me encontrar, é o leitor. Se foram coisas impróprias para crianças, o suspeito – se tímido – vai baixar a cabeça; se não, vai dar aquele sorrisinho, meio Zezé Camarinha, meio Armando Volta.

Tudo isto pra dizer que descobri o desenho de uns fantasmas com uns olhos ENORMES, que se espalham por toda a extensão do meu papel higiênico. E eu me sinto severamente observada, invadida. E retraída. E desconfortável.

Eu saco estas coisas. Eu tenho feeling, rapaz.


Em 2009, tá decidido. Vou deixar dessas merdas e mostrar à minha mente quem é que manda: vou mudar a marca do papel.

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